sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A CIDADE DE ACÁCIA AMARELA


ACÁCIA AMARELA
          Ele gosta de se vestir bem, aparentar ser uma pessoa bem sucedida financeiramente, não dá muita bola para as pessoas mais humildes, se acha o tal, gosta de mostrar que fala bem e que tem uma ótima cultura, fala mais do que ouve e não dá chance de ninguém se expressar quando ele está falando. É o típico VAIDOSO! Só dá esmola quando há alguém olhando, mas quando não há plateia, coitado do pedinte! Frequentemente vai as missas, que pra ele são apenas encontros sociais, finge que deposita o seu óbolo na caixa de ajuda da Igreja, é de conversa fácil e por isso todos o admiram. É convidado para todas as festas filantrópicas do bairro, mas sempre dá um jeito de não entregar a sua colaboração, faz questão de participar da comissão de solidariedade da Igreja, mas sempre tem uma desculpa pra não poder comparecer. Vive de aparência, é um ATOR! Esse é o Josiel, o famoso “Parece, mas não é...” Parece caridoso, mas não é... Parece tolerante, mas não é... Parece bom vizinho, mas não é... Pois é, parece, mas não é... é o maior enganador. Só faz amizade por interesse, se ele percebe que você não tem nada a oferecer, a amizade vai pelo ralo à baixo. É o perfeito DISSIMULADO! Ninguém ainda conhece seu verdadeiro íntimo, por isso ele é respeitado. Mas a vida ensina, as leis espirituais não deixam nada passar em branco...
          Durante a noite, altas horas da madrugada, Josiel está dormindo como se fosse um justo, achava que poderia viver para sempre enganando a Deus como engana as pessoas. Acorda de repente com uma grande dor no peito, a dor é tanta que parece que alguém rasga a sua carne e tenta arrancar-lhe o coração, a respiração lhe falta e sente como se lhe cortassem a garganta. Em meio a toda aquela tortura, percebe a presença de alguém ao lado de sua cama, é um senhor de aparência humilde, um semblante sereno e lhe diz:
- Venha comigo!
Nesse momento tudo passa, já não sente dor no peito e nem falta de ar. Levanta-se da cama e fica ao lado daquele senhor que lhe olha profundamente nos olhos, sem perceber que seu corpo continua deitado sobre a cama.
Em uma fração de segundos já não estão mais em seu quarto, encontram-se num jardim em frente a um condomínio de casas, pequeninas e belas, várias pequeninas casinhas, porém suficientemente confortáveis. Josiel então pergunta ao senhor onde eles estão, quem é ele e o que fazem ali?
Responde o senhor então:
-Calma meu filho, há muito que perguntar e muito a responder, porém muito mais haverá de se aprender. Meu nome verdadeiro não importa agora, mais tarde você vai saber. Neste momento você pode me chamar de Mestre Sereno. A sua vida é um lixo, você está cada vez mais se afastando de sua missão. Você estava com os sintomas de quem infartava em sua cama, mas não morrerá. Observe bem este lugar, é só uma amostra de seu provável futuro, só depende de você conquistar o seu lugar aqui. Você está vendo aquela casinha ali, do lado Norte do condomínio, logo a primeira, que se encontra no topo da fila de casinhas, a de número três?
-Sim, estou.
- Pois será a sua primeira morada aqui, se você conseguir se transformar. Você tem uma alma linda, brilhante e polida, mas com o passar dos anos de sua vida, você se contaminou com os vícios da Terra e deixou-se cobrir por uma camada espessa, grossa, endureceu a alma e o coração, e agora terá que trabalhar isso com muito carinho, da mesma forma como se lapida uma pedra bruta, retirar toda essa casca e deixar as virtudes fluírem.
- Puxa, que lugar lindo, calmo. Quer dizer que eu não morri, afinal, onde estamos?
- Nós chamamos aqui de Oriente Eterno, um lugar para onde se vem após a vida na Terra. Existem muitas cidades aqui, e esta se chama Acácia Amarela, uma cidade especial para algumas pessoas que viveram na Terra trabalhando juntos por um mesmo ideal de Justiça, procurando fazer feliz a humanidade, combatendo a ignorância e vivendo com ética e moral elevadas. Pessoas com religiões diferentes, níveis culturais e profissionais diferentes, tendências políticas diferentes, mas acima de tudo lutando por um mesmo ideal de aperfeiçoamento humano. Agora venha comigo.
-Para onde vamos agora Mestre?
-Veja Josiel!
Neste momento, num piscar de olhos, os dois já se encontram em outro lugar.
-Olhe lá em baixo, disse o Mestre.
Estão no alto de um monte e de lá observam um vale, as trevas tomam conta do lugar.
-Que lugar é esse Mestre?
Aqui se chama Umbral. Aqui é sempre meia-noite, nunca meio-dia.Você nunca ouviu falar desse lugar lá na Terra não?
-Sim, agora me lembro, Alan Kardec, não é?
-Isso mesmo, e você nunca acreditou, mas é verdade, e neste momento da sua vida, pelos seus atos, é pra aqui que você virá, caso não se lapide e se transforme.
Josiel olha para aquele lugar horrível, de sofrimento e escuridão. Vê muitas pessoas chorando, vê formas estranhas de vida caminhando e maltratando as pessoas, fazendo-as sofrerem ainda mais.
-Puxa! Mestre eu não quero vir pra aqui não. Eu quero mudar, me ajude!
-Era isso que eu queria ouvir de você. Acho que está na hora de você voltar. Muitos anos da Terra se passarão até que a gente se encontre de novo aqui em Acácia Amarela. Faça por onde, para que aquela casinha número três seja a sua primeira morada aqui. Alguém vai lhe procurar lá na Terra, vai lhe fazer um convite. Esta pessoa revela muito respeito a você e você a ele, pois ele é seu amigo, e você o terá como Padrinho e Irmão. Agorá vá!
-Fiat Lux!

          Josiel abre os olhos, o dia está amanhecendo. Olha para a janela de seu quarto por onde alguns raios de sol invadem o ambiente escuro deixando a luz penetrar. A dor no peito e a falta de ar sumiram de vez. Teria sido um sonho? Pensou ele. Puxa, que história mais doida! Mestre Sereno... Oriente Eterno... Cidade de Acácia Amarela... E o Umbral... Arrhhg! Coisa horrível! Que isso, rapaz? Pensou ele. Vamos esquecer isso e tocar a vida, foi só um sonho maluco. Mas parecia tão real!
As horas se passam e já está quase na hora de ir ao trabalho. Josiel já se prepara para sair quando tocam a campainha. Ao abrir depara-se com o Eduardo, seu amigo de trabalho e de infância.
-Oi Josiel! Passei aqui pra te dar uma carona para o trabalho. Eu já estava querendo conversar um assunto contigo já há algum tempo, e vou aproveitar para conversarmos no caminho.
- Ok, Eduardo, vamos lá! Mas, sobre o que você quer me falar?
Bem, Josiel, eu queria lhe fazer um convite.
-Convite? Pra que?
-Você já ouviu falar em Maçonaria?! ...


"A mudança para melhor só tem início quando se enxerga, com clareza, a próxima etapa"
Norbert Wiener      


Paulo Regent

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

UMA PAUSA PARA REFLEXÃO


Meus caros leitores! 

Vamos dar uma pausa para lembrar de um assunto muito sério que ocorreu no século passado.Talvez até alguns achem que aqui não seja o lugar ideal para este tipo de postagem, mas este assunto deve ser lembrado, e qualquer lugar é um bom lugar para publicá-lo. Não podemos deixar que isto seja esquecido e aconteça novamente, e eu estou tentando fazer a minha parte.

A tradução das tirinhas vem logo abaixo:


Tradução do cartoon: 
Menina:Tenho que lhe dizer uma coisa, senhor... Tem no seu braço uma tatuagem sem graça nenhuma. É só um montão de números. 
Senhor: Bem, eu teria a tua idade quando me a fizeram. Mantenho-a como uma recordação. 
Menina: Oh! ... Uma recordação de dias mais felizes? 
Senhor: Não, de um tempo em que o mundo ficou louco. 
"Imagina-te a ti mesma num país em que os teus compatriotas seguem a voz de um político extremista que não gostava da tua religião. 
Imagina que te tiravam tudo, que enviavam toda a tua família para um campo de concentração, para trabalhar como escravos, e ser assassinados sistematicamente. Nesse sítio te tiravam até o teu nome para ser substituído por um número tatuado no teu braço. 
Chamou-se a isso O Holocausto, quando milhões de pessoas foram mortas só pelas suas crenças religiosas..." 
Menina: Então tu usas essa tatuagem para recordares o perigo das políticas extremistas? 
Senhor: Não, querida. É para que tu o recordes. 

Passaram já mais de 60 anos, desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na Europa. Este e-mail está a se reenviando como uma cadeia comemorativa, em memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos e 1.900 sacerdotes católicos que foram assassinados, massacrados, violados, mortos à fome e humilhados.   
Agora, mais que nunca, com o Iraque, Irã e outros proclamando que O Holocausto é um mito, é imperativo assegurar que o Mundo nunca esqueça.  
A intenção deste e-mail é chegar a 40 milhões de pessoas em todo o mundo
 
Une-te a nós e sê mais um elo desta cadeia comemorativa e ajuda a distribuí-la por todo o mundo..
 
Esta é a nossa colaboração para que esta cadeia nunca se interrompa.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Manifestações do Insólito: "AS GÊMEAS"


          Numa noite de lua nova, muito estrelada, viajava em seu automóvel um casal em direção à Guarapari onde passaria alguns dias de suas férias. A noite era realmente linda, só faltava a lua para completar aquela bela obra de arte da natureza, Olhando-se pela janela do carro via-se perfeitamente o Cruzeiro do Sul, no cd-player tocava baixinho uma bela coletânea de músicas que ajudavam a fazer aquela viagem tornar-se ainda mais agradável e serena. Tudo perfeito!!! Mas são nessas noites “perfeitas” que o insólito costuma manifestar-se...
           A mulher chamou a atenção de seu marido que dirigia calmo e tranquilo, quanto a uma menina que estava em pé no acostamento da estrada fazendo sinais para que parassem.
__ Carlos, você viu aquela menina fazendo sinais para que parássemos?
__ É... Eu vi uma menina no acostamento da estrada, mas não reparei se fazia sinais. Mais me parecia que ela caminhava.
__ Não Carlos, ela fazia sinais pedindo que parássemos, provavelmente precisa de ajuda. Não é melhor voltarmos para verificar? A essas horas da noite o trânsito por aqui é bem reduzido e pode ser também que ninguém pare.
__ Está bem mulher, vamos lá verificar.
O marido deu meia volta e retornaram devagar procurando pela menina. Alguns metros atrás e lá estava ela, cabelos castanhos claros, aparentando ter uns onze anos mais ou menos, parecia nervosa e acenava sem parar. Estacionaram o automóvel no acostamento, ligaram o pisca-alerta, saíram do carro e atravessaram a pista em direção a menina.
___ Algum problema? Perguntou a mulher. O que está acontecendo, por que você está aqui sozinha, a essas horas, na beira da estrada?
A menina em meio aos prantos, apontou para um barranco ao lado da estrada e disse:
___ Foi um acidente com nosso carro. Ajudem, por favor! Minha mãe e minha irmã estão ainda lá dentro.
Carlos pegou sua lanterna e os três, então, desceram devagar o barranco sendo guiados pela menina, que contava como ocorreu o acidente.
___ Eu estava sentada na frente com minha mãe, e minha irmã no banco de trás. A viagem vinha tranquila e ela não corria muito não, quando de repente, acho que foi um pneu que estourou, não sei bem, deu até pra ouvir o barulho. O carro desgovernou-se e caiu nesse barranco, capotando até lá embaixo. Eu fui jogada para fora do carro pela janela, mas minha mãe e minha irmã estão lá dentro ainda.
           Continuaram descendo e logo mais abaixo lá estava o carro. Por sorte eles pararam para socorrer, pois lá da estrada ninguém iria avistar o automóvel caído lá embaixo. Chegando perto do carro, que estava muito amassado pelo capotamento, logo viram a senhora presa ao cinto de segurança, ainda viva, mas desacordada, parecia muito machucada e sangrava muito devido à um corte na cabeça. O marido pediu que a esposa ligasse do celular para o socorro, enquanto tentava tirar a senhora de dentro do carro. Olhou para o banco de trás e viu a irmã da menina, conforme ela havia contado, caída entre os bancos, também muito ferida e desacordada. Com muito sacrifício, o homem tirou uma de cada vez de dentro do carro, que poderia incendiar-se a qualquer momento, pois estava com a bateria ainda ligada, e deixou-as deitadas ao chão. Deu os primeiros socorros possíveis, colocando sua camisa no ferimento da senhora para evitar mais sangramento. A menina, apesar de muito ferida, não tinha nenhum sangramento grave aparente, mas mostrava muitos arranhões.
A esposa avisou que o socorro deveria demorar ainda uns quinze a vinte minutos para chegar. Não deu nem tempo de desligar o automóvel quando as primeiras chamas apareceram. O carro começava a incendiar-se. Com muito esforço e cuidado para não machucá-las ainda mais, afastaram-nas o suficiente do carro, que agora já tinha chamas altas. O Clarão das chamas chamaram a atenção de algumas pessoas que pararam seus automóveis e vieram lhes ajudar. O Socorro chegou alguns minutos depois e cuidaram da senhora e da menina. Disseram que, apesar dos ferimentos, não corriam risco de vida. Estavam salvas!
           Em meio a esta confusão toda, lembraram da menina da estrada, e que não a tinham visto mais em lugar algum. Um policial lhes fazia perguntas sobre o acidente e contavam a ele sobre o ocorrido quando alguém gritou mais afastado.
___ Corram... Corram... Há outra menina caída aqui entre os arbustos. Venham depressa!
Todos correram para lá. Os paramédicos examinaram-na e, infelizmente, constataram o óbito. Disse um deles:
___Coitadinha! Pelo jeito foi jogada para fora do carro enquanto ele capotava, bateu com a cabeça nesta pedra e foi fatal. Foi morte instantânea!
Carlos e a esposa não acreditavam no que estavam vendo e ouvindo. A menina morta era a menina que acenou para eles na estrada pedindo socorro para a mãe e sua irmã. Mas, como poderia, se antes disso ela já estava morta?
O Paramédico comentou ainda:
___ Eram gêmeas. Esta menina é idêntica à sua irmã.
Acredite você ou não, mas essas coisas acontecem há todo o momento neste nosso mundo. Existem muitos relatos de contatos com pessoas que já morreram e, que por um motivo muito forte, manifestam-se para ajudar. Com gêmeos então as coincidências nos espantam ainda mais. Neste caso, a irmã que fatalmente morreu após ser jogada para fora do veículo, voltou para pedir socorro para sua mãe e irmã gêmea que ainda estavam vivas.
Essa... É uma das muitas... Manifestações do Insólito!
Paulo Regent